sábado, 2 de agosto de 2014

Diário de Bordo – Paranapiacaba

Se este blog houvesse iniciado juntamente com os roles de bike esta postagem deveria se chamar “Diário de bordo – Paranapiacaba III”. Não é a primeira, e pelo visto não será a última, vez que visitamos a Vila de Paranapiacaba, localizada no município de Santo André, entre o Planalto Paulista e a Serra do Mar, ainda integrante da região metropolitana de São Paulo.

Partimos relativamente cedo, desta vez nosso meio de transporte foi essencialmente as linhas de trens metropolitanos, desde o distrito paulistano do Grajaú até o município de Rio Grande da Serra. Não é exatamente uma viagem confortável de se realizar carregando bolsas carregadas de roupas de frio, cobertores e revezando quem levava uma barraca de uns 15Kg. Conforto pode ter faltado, mas a falta dele foi compensada com muito bom humor e risadas por todo o percurso.

Chegamos tarde na vila por conta de atrasos de alguns dos integrantes do grupo, o cronograma era aproveitar um pouco do 14º Festival de Inverno de Paranapiacaba antes de nos deslocarmos para o acampamento, porém, o tempo era curto e tínhamos um percurso de 12Km em estrada de chão batido para chegar ao camping. O que não nos impediu de tirar algumas fotos, apreciar a vista e ouvir um pouco de música mesmo assim.

Em seguida uma rápida refeição e partimos em direção ao camping Simplão, foram alguns quilômetros de árdua caminhada, puxamos um bom ritmo, levando em conta as mochilas cheias e o terreno cheio de aclives e declives em estrada de terra. Fizemos os 12Km em certa de 90min.

No percurso passamos por uma vila chamada Taquarussu, que aparentemente estava abandonada, porém, ao menos um cachorro e uma mulher mal encarada espreitaram nossa passagem por ali. Afora isso vale ressaltar o revezamento da barraca, na realidade nosso amigo Nivannino e mais alguém levou ela, só este segundo elemento que mudou mesmo. Ahh, não podemos esquecer que segundo o Wesley, alguém penteou o morro, só porque as árvores estavam bem enfileiradas! No mínimo elas foram bem educadas quando eram brotinhos em pleno desenvolvimento!

Nossa chegada ao camping foi muito celebrada, um sentimento de “esse lugar não chega nunca” começava a se instaurar em todos. O êxtase que nos tomou foi ampliado por uma lindíssima vista do pôr do sol, que infelizmente não pode ser registrado com o real esplendor do momento, de qualquer forma, a imagem merece destaque e espero que suas imaginações possam completar o sentido dela.

Já era noite até nos acomodarmos no camping, tivemos que escolher um local iluminado por luzes artificiais para armar a barraca. Fomos rápidos levando em conta a situação, em pouco tempo nosso “pequeno” abrigo de pano estava armado, após isso nos concentramos na fogueira – na verdade o Ed tomou a frente desta atividade e a desempenhou muito bem.

Barraca armada, fogueira acessa (só faltou os marshmallows) pudemos aproveitar o ambiente aquecidos pelo fogo e animados por nossas companhias. Falando em companhias, recebemos uma visita totalmente inesperada. Com a seguinte anunciação “Robben, Canadá!” junto a um aceno de mão, um canadense juntou-se a nossa rodinha e começou a interagir conosco. Filou algumas bolachas e jogou pife conosco. Situação inesperada e cômica para todos nós!

Mesmo cansados ficamos acordados até próximo da meia-noite, isso não significa que fomos dormir, mas sim que entramos na barraca e nos acomodamos, porém, algumas pessoas estavam tão agitadas que fizeram questão de compartilhar sua animação com todos. Enfim, entre brincadeiras e conversas cochilamos um pouco, só até o frio do clima Subtropical úmido mostrar o seu potencial e ficar demais. Daí levantamos um pouco depois das três da manhã e levantamos acampamento, as quatro horas já estávamos a caminho da Vila de Paranapiacaba. Todos os 12Km novamente, só que na escuridão, iluminados somente por nossas lanternas. Tiramos algumas fotos, não ficaram muito boas, miniaturas aqui ficariam ruins, quem quiser dar uma olhada confiram no álbum do Facebook.

Chegamos a vila antes das sete da manhã. Bebemos um pouco d’água e esperamos o guia Léo para partirmos em direção à trilha da Cachoeira da Fumaça. Uma trilha de nível médio; com terrenos pantanosos, subidas e descidas leves, alguns riachos para atravessar e no final uma belíssima vista da Serra do Mar, Cubatão, Santos e Praia Grande. Não vou me prolongar na descrição da trilha e da cachoeira, vou deixar que as imagens falem por mim.

Foi basicamente isso, depois voltamos para Sampa. Quem quiser olhar mais fotos, dá uma olhada no álbum do Facebook. Falando em Facebook, participem do nosso grupo, lá publicamos nosso roles e conteúdo de ciclismo, equipamentos, roteiros de viagens/passeios, dicas de treinos e natureza. Participem dele, e quem sabe nos vemos nos próximos roles ;) .

Potter

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